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Foto do escritorTeatro Folha

Os Jogadores

Comédia que tem como característica uma latente ironia à sociedade, Os Jogadores foi escrita por Gogol entre os anos de 1830 e 1836, mas continua atual em sua crítica a um mundo corrompido pela ambição humana. De acordo com Daud, a peça é síntese da sociedade moderna, principalmente no que se refere aos países em desenvolvimento, onde a corrupção entrava o crescimento econômico e a possibilidade de igualdade social. “O interessante é que não há registro de que esse texto tenha sido encenado no Brasil”, acrescenta o ator e produtor Otávio Martins.

A ação passa-se em um pequeno vilarejo russo do século 19. O ator Otávio Martins – que traz na bagagem 10 anos de Cia. do Latão - interpreta o personagem principal, Igarev, um jogador de cartas “profissional”, que se hospeda em um hotel em busca de um homem rico para aplicar seus golpes. Lá, conhece três jogadores: Otchelsky (Edgar Castro), Krugel (Bartholomeu de Haro) e Choniev (Eduardo Semerjian). Golpistas que são, logo se reconhecem como pares e decidem aplicar um grande golpe naquele que parece ser a única boa vítima: o senhor Glov (Luiz Serra), um homem de muitas posses que acaba de hipotecar parte de seu patrimônio para fazer o casamento da filha.

O problema é que, homem de caráter inabalável, Glov recusa-se a jogar. Sem perder a oportunidade de armar um bom golpe, a atenção dos quatros jogadores volta-se para o filho do sr. Glov, Alexander (Alexandre Freitas). Responsável pela guarda do dinheiro na ausência do pai, o jovem Alexander está disposto a aventurar-se num mundo de cartas e vícios. Todos se sentam à mesa e começam a distribuir as cartas. É a partir deste jogo que o espectador é surpreendido, pois nunca se sabe quem está sendo fiel ao acordo, ou quem está sendo enganado sem perceber.

Otávio Martins ressalta que o enredo é uma comédia, sem usar recursos apelativos. “A peça não tem palavrões, gírias ou faz alusão ao sexo. Basicamente é uma comédia de ladrão que rouba ladrão”, comenta. Ficha Técnica

Com direção de Hugo Coelho, que também atua na peça, e tradução de Marcos Daud, o espetáculo reúne um elenco cuja carreira está centrada no teatro: Otávio Martins (também produtor), Edgar Castro, Bartholomeu de Haro, Eduardo Semerjian, Alexandre Freitas, Luiz Serra e Daniel Warren. Robson Nunes, que fez o personagem Dadá no filme Carandiru, de Hector Babenco, é o único estreante no palco.

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