Todo ano animais com duas e quatro patas, cheios de listras ou com pescoço comprido, minúsculos ou grandões, têm um encontro marcado na mata para discutir a situação da bicharada. É a assembléia anual dos animais, da peça "Assembléia dos Bichos", em cartaz em São Paulo.
O eleito para comandar a reunião foi o tatu, ou melhor, o Jeca-Tatu. O caipira recepcionou uma zebra que fala enrolado, um sapo que saltou do conto de fadas e um leão que se acha o máximo, entre outros convidados.
Uma menina disfarçada de "catapora do mato" -bem que os bichos acharam estranha aquela criatura- entra de penetra para descobrir o que a bicharada tem para discutir.
Conversa vai e conversa vem, o melhor da festa -ou melhor, do espetáculo -é como os animais são caracterizados (ou fantasiados). Se você está pensando em algo parecido com crianças fantasiadas de bichinhos fofinhos nos comerciais da TV, esqueça!
Quatro atores se revezam nos papéis de formiga, elefante, onça, anta, mico, ovelha, coruja e lobo-guará. Para um bicho se metamorfosear em outro, às vezes, só é preciso alguns apetrechos: pés-de-pato, chapéu, luvas. O resto é com a sua imaginação.
E, assim como nas fábulas de Esopo e La Fontaine, o espetáculo "Assembléia dos Bichos" traz a moral da história no final. Mas disso nem precisava, pois o recado da bicharada já estava mais do que dado.
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