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  • Foto do escritorTeatro Folha

Inzôonia

As desculpas que as crianças inventam na hora de dormir são o mote do espetáculo. Qualquer pretexto costuma ser válido para brincar mais um pouco: fome, sede, medo e até a insônia! Os dois clowns, interpretados pelos atores-manipuladores da Cia. Circo de Bonecos, reuniram todas essas justificativas – e várias outras – em uma única noite de insônia.

A falta de sono é também o motivo para a animação de objetos que contam pequenas e poéticas histórias. Assim, uma meia enroladinha vira uma ovelha… Um secador vira um lobo mau que corre atrás de porquinhos, que na verdade são tigelas! Uma cama beliche vira um barco pirata!

O fundamental neste procedimento, que sustenta toda a encenação, é que o movimento do jogo não é, particularmente, a transformação deste ou daquele objeto em particular, mas a possibilidade de criação, recriação e transformação de todas as coisas. Poeticamente, uma maneira de colocar o mundo em movimento. São leituras possíveis diante de um espetáculo que esconde por trás de sua aparente simplicidade uma engrenagem rica em estímulos à razão criativa, sejamos crianças ou não.

Inzoonia fala da disposição poética própria do mundo infantil, onde as coisas são o que são, mas, também, o que poderiam ser. É esta disponibilidade para o desdobramento da imagem banal em infinitas funções e sentidos que o espetáculo estimula, ao construir suas narrativas utilizando as técnicas de animação de objetos.

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