A programação da 20ª edição do Festival de Férias do Teatro Folha selecionou sete opções culturais divertidas para a garotada aproveitar as férias escolares, nas tardes de segunda a domingo. Com espetáculos de diferentes vertentes e interesses artísticos, a direção da Conteúdo Teatral, responsável pela administração do espaço, apresenta um painel da produção infanto-juvenil brasileira.
As Aventuras de João e Maria no Teatro
A trajetória dos irmãos que são abandonados e se perdem na floresta se passa nos dias atuais e funciona como uma aula de teatro para crianças, incluindo noções de sustentabilidade e cidadania. A mãe de João e Maria, que são adotados, é atriz; os dois irmãos adoram brincar de “interpretar”; e palavras como “personagem”, “figurinos” e “cenário” são explicados em cena. Ao revirarem o sótão da avó, onde a mãe guarda figurinos e cenários antigos, as crianças decidem encenar a história de João e Maria. Essa é a deixa para uma trama que mistura canções de Chico Buarque, Vinicius de Moraes e Rita Lee (interpretadas ao vivo) e personagens como Chapeuzinho Vermelho e uma gata de botas. De uma cena para outra, João e Maria mudam maquiagem, colocam figurinos e montam e desmontam os cenários na frente do público em uma aventura pela arte de encenar.
Duração: 60 minutos Classificação indicativa: Livre (2 anos) Pedro e o Lobo
Adaptação premiada da fábula musical russa usa manipulação de bonecos e técnica de teatro negro, sob a direção de Fernando Anhê. Uma das qualidades da montagem é apresentar para a garotada os sons de uma orquestra e os principais instrumentos musicais. Baseado em um antigo conto russo – sobre o menino valente que tenta capturar um lobo para salvar os bichos, seus amigos, na floresta, o compositor Sergei Prokofiev designou uma personalidade sonora para cada personagem ao criar a obra, em 1936. O passarinho é representado pelo flautim; o gato, pelo clarinete; a pata, pelo oboé; o lobo, pelas trompas; os caçadores, pela percussão (marimba); o avô pelo fagote; e Pedro, pelas cordas. A base orquestral é pré-gravada; e o maestro Jamil Maluf narra em off a entrada de cada instrumento.
Duração: 50 minutos Classificação indicativa: livre (3 anos)
Circo de Borracha
Em meio a um show, um palhaço malabarista atrapalhado (Filipe Bregantim) exibe seus talentos sobre um monociclo, mas o pneu fura no meio da apresentação; e ele corre até a Borracharia do Cadu (André Grinberg), um cara bem emburrado. Recheada com números clássicos de picadeiro, a história mostra a amizade entre os dois, que trabalham juntos no conserto do velocípede e misturando os conhecimentos de seus ofícios transformam a Borracharia do Cadu no Circo de Borracha. Através do malabarismo com objetos cotidianos, o Grupo 2πR – DoisPierre une a linguagem circense ao teatro. Neste espetáculo, sobre diferenças, cooperação e descobertas, os personagens fazem mágica, acrobacias e malabarismo somente com equipamentos usados em uma borracharia. Estão presentes personagens clássicos do picadeiro, como o palhaço, o mágico, o mergulhador, o homem-forte e o leão.
Duração: 55 minutos Recomendação etária: livre
Os Três Porquinhos – O Retorno do Lobo Mau
Continuação da história dos porquinhos perseguidos pelo Lobo Mau. O vilão reinventa seus planos. Disfarçado de Chapeuzinho Vermelho, ele sonda sem sucesso se o trio está com o livro “Como Entrar na Casa de Tijolos dos Porquinhos”. A encenação aborda o respeito entre as diferenças e a relação entre o bem e o mal.
Duração: 50 minutos Recomendação etária: livre
Cocô de Passarinho
Crédito: Rodrigo Hypolitho
Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) 2013 de Melhor Espetáculo de Animação/Bonecos, a montagem é livremente inspirada no livro homônimo de Eva Furnari e aborda um assunto escatológico que costuma despertar o interesse das crianças. É a primeira vez que a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação (“Ora Bolas”, “Pop”, “Samba”, “100 + Nem Menos”) parte de um texto literário. A história fala sobre poucos e sisudos moradores de um vilarejo, que se encontram diariamente na praça para conversar. A falta de assunto e as reclamações constantes sobre os dejetos que os passarinhos fazem em suas cabeças tornam o programa monótono. Um dia, um vendedor ambulante de flores passa pela cidade e transforma o cotidiano. A encenação dos cidadãos é feita por bonecos do tamanho humano, através da técnica de manipulação direta; as aves do título ganham vida através das habilidosas mãos de seis manipuladores.
Duração: 50 minutos Recomendação etária: livre (a partir 3 anos)
Patinho Feio
Nesta versão moderna do conto de Hans Christian Andersen (1805-1875), adaptada e dirigida por Tony Giusti, o filhote de cisne sofre zombarias de três patinhos irrequietos na escola. O herói destoa do grupo porque usa óculos e faz com prazer as lições. Abordando o bullying, a peça conta de maneira dinâmica a aventura de Pateco, um “patinho diferente” abandonado ainda ovo à beira de um riacho. No vilarejo caipira, Dona Pata pede ao marido para o casal adotá-lo e ele ganha pais amorosos. A história tem desfecho inusitado e metafórico. O cenário geométrico traz traços de uma floresta onde predominam madeiras e suas linhas retas se estendem para os figurinos.
Duração: 60 minutos Recomendação etária: livre (2 anos)
João e o Pé de Feijão
Espetáculo que encanta pela técnica. Todo apresentado sob a luz ultravioleta, produz um efeito visual que omite os manipuladores e os bonecos parecem ter vida própria. A história do menino que troca sua vaquinha por três feijões mágicos resgata valores de dignidade e coragem. Depois que roubaram a Harpa da Alegria, que vivia no Vale Feliz, tudo entristeceu. O menino João vai, então, vender sua vaquinha para comprar comida para a sua família, mas acaba conseguindo três feijões mágicos, que germinam e crescem até as nuvens.
Duração: 45 minutos
Recomendação etária: livre (a partir de 3 anos)
SERVIÇO FESTIVAL DE FÉRIAS
Teatro Folha
Temporada: Até 31 de janeiro
Apresentações: segunda a sexta, 16h; sábado e domingo, 16h e 17h40
Ingresso: R$30,00
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