Bambolina é uma boneca de pano como outra qualquer, que vive sem problemas com sua dona… até o dia em que, de repente, vai parar no olho da rua! Jogada de lá pra cá, sem carinho, sem casa… Será que alguém vai querer Bambolina novamente?
Depois de muitas aventuras, Bambolina finalmente encontra seu verdadeiro destino, e chega ao fim de sua história como estrela de um grupo de teatro de manipulação de bonecos.
Partindo da proposta de linguagem da companhia, que tem como base a criação de espetáculos de manipulação de bonecos com pouquíssimo uso da palavra, acabamos chegando ao livro homônimo de Michele Iacocca: uma história contada inteiramente com imagens, sem nenhuma palavra, e que tem como protagonista uma boneca de pano levada de um lado para o outro por seus donos/manipuladores. A identificação com a história foi imediata!
É a primeira vez que encontramos um texto visual sem palavras, com conteúdo profundo e poético, e ainda por cima com a presença de uma boneca como personagem principal. É bom lembrar também que o livro possui a chancela de altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro –Infantil.
A adaptação busca ser o mais fiel possível a atmosfera do livro e aos traços de seu criador. Para isso, contamos com a colaboração do autor no processo de adaptação.
O espetáculo é pautado no trabalho corporal dos atores, na composição de cada personagem e, principalmente, na relação destes com Bambolina, tentando aproxima-los o máximo possível do que foi desenhado no livro. A manipulação do cenário também cria uma coreografia a parte, por ser formado por grandes painéis que se encaixam como em um grande livro cujas páginas são possíveis de se arrancar e deslocar pelo palco. Assim são criadas as mais diversas composições e coreografias com os desenhos que ilustram a história original: o quarto da primeira dona de Bambolina, uma praça, um viaduto, e até mesmo um teatro. Além disso, reforça a ideia de que nosso ponto-de-partida foi mesmo um livro que está sendo lido junto com a plateia.
A relação com os objetos e as movimentações em cena interage com as brincadeiras da infância: o carro de polícia que é manipulado como numa brincadeira de carrinho, a boneca que se torna parceira de dança, o esconde-esconde para fugir da polícia…
Tudo em busca de uma linguagem mais lúdica e próxima do contexto do livro, fazendo da leitura uma brincadeira divertida para todos.
Duração: 50 min
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